Pedro Diego Fidelis é paraibano de João Pessoa-Pb. Ator e poeta. Estudou Línguas Modernas na Universidade de Coimbra. É co-fundador do grupo Anarkitetura, proposta independente de publicação de antologias em Portugal, entre outras atividades. Publicou o livro Pele de lobo.
veja, o aço é nascido da alta temperatura forjado para resistir é em potência ferramenta, mas assim, tão pragmático
esfria e fica só
dentro da veia no escuro que ferve nos canais da sob vida jorra em meu nervo asmático
as enzimas intoxicantes.
Meus olhos viçantes, ardendo a questão Ha quânticos dias não te vejo?
*****
Alto,
além da ponta do obelisco, que desejo letal.
Drakainas,
são de fato dragões, eu mefítico mortal.
*****
Um céu cinza,
pinta de roxo suas nuvens.
Lá fora, fim de tarde vento rasteiro
rodopiando m folhas secas
dentro do automóvel atmosfera sufocante. no vidro gotejante, os teus dedos
são labirintos sem saída músculos irrigados
contraem os medos, as mentiras
-É pecado?
-Não faz mal, parece fechada está vazia! quanto mais perdidos no desejo,
menos atentos aos olhares indiscretos.
juntos encontram a pequena morte que inicia toda a vida. suspiros ofegantes, ruídos cúmplices entre dentes
parece a súplica dos hereges, aguardando a marca dos banidos. abraçados em nosso anátema, um estrondo acusador dos sinos.
*****
Mesmo quando macia, a membrana, permanece inquebrável.
Movendo-se na harmonia dos líquidos, as arestas dissonantes não ferem
o seu cetim.
enclausurados e herméticos.
Resta-nos a mímica
e a sorte das pequenas mortes pela manhã.
(...)
Invasão
Odeio como invades o poema, jorrando mel das tuas presas, assim mistura às minhas letras, o sabor das tuas bélicas tetas
Nenhum comentário:
Postar um comentário