O poeta se apresenta
Saí da inércia um dia,
Que é estado latente;
Em germe fui transformado;
Tomei forma diferente:
Desenvolvi-me no óvulo,
Daí passei a ser gente
Escalo o vôo duma águia;
Passo acima do condor;
Eu sou o HOMEM DAS NUVENS
Dos Alpes, trago uma flor
Para oferecer, na Terra,
A quem mais me der amor
Velho planeta de
guerra,
De sua rota, não sai:
Gira com velocidade,
Saber, saber pra onde vai…
Talvez conduzindo um povo
Pras moradas do meu Pai.
*****
EU NÃO TROCO MEU OXENTE
NO OK DE SEU NINGUÉM
Quem tiver
da vodka orloff
Tome a garrafa todinha,
Que eu sou mais minha caninha
Com tripa de boi e bofe.
Essa de estrogonofe
Eu não sei nem de onde vem!
Gosto mais do meu xerém
Com carne assada bem quente,
Eu não troco o meu oxente
No OK de seu ninguém.
Isso de
mercy bou cour
É negócio pra francês!
Eu vou lá falar inglês
Pra dizer I love you!
Eu sou mais gosto de tu
Minha fogosa, meu bem!
Meu pro mode e meu que nem
Tem um ritmo diferente,
Eu não troco o meu oxente
No OK de seu ninguém.
Eu não
troco meu sertão
Por cinco ou seis Hollywood
Nem pensem que Robin Hood
Vale mais que Lampião,
Sou muito mais Gonzagão
Tocando seu xenhenhém,
Aposto como He-man
Não sabe fazer repente,
Eu não troco o meu oxente
No OK de seu ninguém.
Não cantam
com meu gogó
Michael Jackson e On The Block,
Vinte festivais de rock
Não “chega” aos pés de um forró!
Do caldo de mocotó
Viagra está muito além!
Whisky escocês não tem
Sabor de nossa aguardente,
Eu não troco o meu oxente
No OK de seu ninguém.
Não dou a
minha sanfona...
Pela
guitarra estrangeira;
Nota dez
pra brasileira
Nota zero
pra Madonna,
Madonna eu
acho na zona
E Lady
Gaga, também,
Iron
Maiden, quando vem
Não tem
moléstia que aguente,
Eu não
troco o meu oxente
No OK de
seu ninguém.
*****
Amor Cósmico
E a terra
era criancinha ainda
quando eu comecei te amar.
Eu venho dos anos, das era, que longe se acham daqui,
Contigo cantei a canção no espaço maior,
Em formas de luzes de um mundo melhor
Mas foi necessário partir.
Eu lembro da
primeira vez que te vi,
Milênios de instantes de mim para ti,
Num só paralelo de imensidão
Estamos aqui.
Viemos de
longe, do largo, do alto
Profundo
Cercado de inícios de todos os mundos
Sem poder parar.
E a terra
era criancinha ainda
Quando eu comecei te amar.
Partimos
maneiros, ligeiros
Qual luzes brincando com fogo no ar
E a terra
era criancinha ainda
Quando eu comecei te amar
Jurei a
promessa de minha missão
Que quando estivesse contigo no chão
Pagaria toda promessa que fiz.
Então desse amor que nasceu de nós dois
Que nasça outros grandes amores depois
Sementes plantadas pra um mundo feliz
No processo
lindo que te conheci,
Mil razões eu tenho pra não te deixar,
Na vida eu estou, da vida eu sai
Na vida eu irei te encontrar
E a terra
era criancinha ainda
Quando eu comecei te amar.
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Nunca Transforme em Vermelho
O Sinal Verde da Vida
É louvável quem respeita
Os sinais de advertência
Se a esquerda é preferência
Nunca passe pra direita.
A estrada não foi feita
Pra ser pista de corrida
Ao cruzar a Avenida
Mire-se bem neste espelho
Nunca transforme em vermelho
O sinal verde da vida.
Repare bem o motor,
Viaje com confiança,
O cinto de segurança
Coloque pra onde for,
Examine o extintor,
Se a carga está vencida,
Não se torne um homicida
Por causa deste aparelho
Nunca transforme em vermelho
O sinal verde da vida
Não dirija embriagado,
Evite a fatalidade,
Não corra em velocidade,
Nunca viaje drogado,
Se caso estiver cansado,
Tente achar uma dormida,
Evite numa batida
Ferir mão, braço e joelho.
Nunca transforme em vermelho
O sinal verde da vida.
No congestionamento,
Nunca perca a esportiva,
Dirija na defensiva,
Fique atento ao movimento,
Cuidado como cruzamento
Olhe a faixa proibida,
É grande quem não liquida
Sequer a vida de um coelho
Nunca transforme em vermelho
O sinal verde da vida.
Prossiga a viagem em paz,
Seja feliz no retorno,
Jamais tente com suborno
Comprar os policiais,
Pois um suborno não faz
A vida restituída
Depois da vida perdida
É tarde, não há conselho.
Nunca transforme em vermelho
O sinal verde da vida
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