Anco Márcio de Miranda Tavares (1944-2013), nasceu e viveu em João Pessoa. Jornalista, poeta e teatrólogo, publicou pelas Edições Sanhauá o livro “Canto Chão”. Recebeu diversos prêmios como diretor, ator e autor de peças infantis. Trabalhou em rádios e jornais de João Pessoa como locutor, produtor e redator. Contista, publicou em revistas de circulação nacional. Teve vários textos humorísticos publicados no “Pasquim”. Publicou também o livro “Levanta que o leão é bravo”.
PARA MARIA CRISTINA
abertura
quando a terra estiver livre
meu poema será ode...
*
quando a terra estiver livre
meu poema será ode...
*
nesta terra
que gerou cantos
há homens magros
que semeiam prantos
*
a rude mão
que a terra seca
fará do amor
seu canto de liberdade
*
este pranto
- é o homem
sua semente de liberdade
precisa ser lançada
para que seu pranto
se transforma
em sorriso
*
este ferro
que mil covas
cava
não fere a terra
que esperanças
encerra
*
nesta terra insone
onde lida o homem
os pés da liberdade
um dia pisarão
- e sulcarão covas
de onde brotam lírios
*
não passará muito tempo
para o chão
que o homem pisa
libertar-se do cambão
e os que pisam chão-escravo
terras livres
pisarão
*
o homem não cansa
quando a terra mansa
por sua mão
se abre
se o chão é duro
seu cavar macio
provoca carícias
com a foice-lança.
*
cantemos o chão
que a mão do homem ceifa
que nunca se queixa
do ferro que fere
cantemos as chagas
desta terra virgem
que da ceifa seita
gera liberdade.
(...)
Fonte: antologia poética grupo sanhauá
que gerou cantos
há homens magros
que semeiam prantos
*
a rude mão
que a terra seca
fará do amor
seu canto de liberdade
*
este pranto
- é o homem
sua semente de liberdade
precisa ser lançada
para que seu pranto
se transforma
em sorriso
*
este ferro
que mil covas
cava
não fere a terra
que esperanças
encerra
*
nesta terra insone
onde lida o homem
os pés da liberdade
um dia pisarão
- e sulcarão covas
de onde brotam lírios
*
não passará muito tempo
para o chão
que o homem pisa
libertar-se do cambão
e os que pisam chão-escravo
terras livres
pisarão
*
o homem não cansa
quando a terra mansa
por sua mão
se abre
se o chão é duro
seu cavar macio
provoca carícias
com a foice-lança.
*
cantemos o chão
que a mão do homem ceifa
que nunca se queixa
do ferro que fere
cantemos as chagas
desta terra virgem
que da ceifa seita
gera liberdade.
(...)
Fonte: antologia poética grupo sanhauá
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