Liana de Barros Mesquita nasceu em 1935 em João Pessoa. Fez seus primeiro estudos na capital paraibana, passando depois a residir em Recife. Escreveu seus primeiros poemas em 1956, tendo-os conservado inéditos até a publicação da antologia Geração 59. Cursou Arquitetura na Escola de Belas-Artes da Universidade do Recife.
(antologia Geração de 59, organizada por Vanildo Brito)(não enconramos foto da poeta)
Poema nº 1
Oh! a mudez das ruas sozinhas,
Nas noites sem lua!
Ah! o presságio do dia
Nesta minha agonia!
Eu quisera sentir,
Quando chegasse o fim,
Deixar meu olhar florir
E se escapar de mim!
*****
Poema nº 2
No corredor da memória
Fluem sombras,
tremulam luzes,
E os dedos dos mortos
Acenam nas franjas
Das cortinas que dançam
A minha infância
Lá, brincam sonhos incertos;
E em busca de alguém que não houve,
Corre a minha sombra criança.
*****
Poema nº 3
A minha lua é inocente e mansa, e me vem às mãos.
A minha lua clareia a casa escura em nódoas brancas
[pelo chão.
A minha lua foge toda a noite dos meus olhos por-
[ que neles ainda não há solidão.
Mas a minha alma vive a perseguir a lua
E eu creio nela que é boa e pura;
Que é pupila imensa do meu deus vazio.
*****
Poema n° 4
Um luar se fez eterno nos meus olhos;
Compreendi o quanto é macia a sombra das coisas;
E quis beijar as almas fugidias, desfolhadas que
[saem no perfume das flores.
E o meu maior credo é a transfiguração crepuscular.
Vivo sedenta de lua, de flores e de estrelas,
Porque creio na ternura das coisas simples
E na mansidão das sombras dos faróis.
*****
Poema nº 5
Uma estrela chorou tristezas sobre o mar.
Depois, recolhendo tanta mágoa,
Faz uma rede de lágrimas
Para pescar
O luar.
Ah! estrela poderosa, que invejas o luar.
Oh! a mudez das ruas sozinhas,
Nas noites sem lua!
Ah! o presságio do dia
Nesta minha agonia!
Eu quisera sentir,
Quando chegasse o fim,
Deixar meu olhar florir
E se escapar de mim!
*****
Poema nº 2
No corredor da memória
Fluem sombras,
tremulam luzes,
E os dedos dos mortos
Acenam nas franjas
Das cortinas que dançam
A minha infância
Lá, brincam sonhos incertos;
E em busca de alguém que não houve,
Corre a minha sombra criança.
*****
Poema nº 3
A minha lua é inocente e mansa, e me vem às mãos.
A minha lua clareia a casa escura em nódoas brancas
[pelo chão.
A minha lua foge toda a noite dos meus olhos por-
[ que neles ainda não há solidão.
Mas a minha alma vive a perseguir a lua
E eu creio nela que é boa e pura;
Que é pupila imensa do meu deus vazio.
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Poema n° 4
Um luar se fez eterno nos meus olhos;
Compreendi o quanto é macia a sombra das coisas;
E quis beijar as almas fugidias, desfolhadas que
[saem no perfume das flores.
E o meu maior credo é a transfiguração crepuscular.
Vivo sedenta de lua, de flores e de estrelas,
Porque creio na ternura das coisas simples
E na mansidão das sombras dos faróis.
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Poema nº 5
Uma estrela chorou tristezas sobre o mar.
Depois, recolhendo tanta mágoa,
Faz uma rede de lágrimas
Para pescar
O luar.
Ah! estrela poderosa, que invejas o luar.
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