sexta-feira, 31 de março de 2023

George Ardiles

 George Ardilles é baiano de Bom Jesus da Lapa. Passou a infância em Aracaju-SE e fincou morada em João Pessoa ainda na pré-adolescência. Foi nesta capital que começou a ter contato com a literatura, particularmente a poesia, e começou a escrever seus primeiros versos. É formado em Ciências Sociais pela UFPB e atualmente reside em Patos, sertão da Paraíba. Publicou poemas em Antologias da Câmara Brasileira de Jovens Escritores, participou como um dos selecionados do V Prêmio Literário Canon de Poesias 2012 e da II Coletânea Poesia de Quarta promovida pelo IFPB. É autor de Poemas de Meio-fio, livro de estreia publicado em 2009 e Externo lançado em 2021.






TRAGÉDIA MODERNA


Reproduzir o vento  que passou
tal qual, forma e conteúdo,
seria o mesmo que deixar em silêncio...

Não ouvir os ecos.

Imaginar num grito a solidão,
Derramar lágrimas sabendo,
em vão.

Colocar na boca o soluço
e o ranger da raiva.




*****




CATARSE


tem noites que tardo
mas amanheço

suavizo os dias
em tudo que trago

levo na alma
tudo que foi amargo

solto na fumaça
tudo  que desconheço





*****



sombra que disfarça
todos seus encantos

me ilumina
justo
pelos 
cantos




*****




PASSAGEIRO


assim és
passageiro

além
és companhia

ontem fui
solidão

no tastro do asfalto
quebrou o silêncio

aquilo que era vão




*****



NOSTALGIA


Chora flauta da alegria.
Sacia a fome da saudade.
Sorria com as casas dançando,
abraçando as amizades.
Se pequena sua poesia-sorriso...
Momento de felicidade.


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