Arthur Guimarães é natural de Campina Grande-PB e reside em João Pessoa-PB desde a infância. Sociólogo e poeta, tem poemas publicados nas redes sociais e em coletâneas.
Revolucionário
Mesmo
sugados
o
suor e o sangue,
resisto,
revolucionário:
num
beijo insano
de
um amor
que
não existe
ou
na fagulha
de
um desejo
incendiário.
*****
Templo
Teu
olhar, como um céu,
é
mudo
beleza
no silêncio
da
rotina de um templo.
Os
versos de aforismos
nas
portas de tuas ancas,
profano.
Sacrilégio
que ao poeta
É
permitido proferir:
Vapor
quente
de
um gemido
Mudez
amarga
de
existir.
*****
Cavalo
Cavalga
sobre cancelas
o
meu pensamento;
busca-me,
afoito,
por
entre campos longos
e
baldios
E,
em meio ao vazio,
ao
encontrar-me, enfim,
percebe-se
sozinho,
num
labirinto sem fim.
*****
Dois Toques
Do
fundo à ponta
aponta
a língua
sobre
a zona
Pisca
o grelo
ao
beijo à tona
Seca
a boca
inunda
a cona.
*****
Flerte
Sob
as sombras
de
um amor
flutuante
que
trança
(corta!)
que
dança
(traça!)
o
desejo
dos
lábios
no
silêncio
se
disfarça.
*****
Sem Fevereiro
Meu
carnaval
desblocou-se
e
nas esquinas
do
caminho,
hoje,
ando
tão sozinho,
que
qualquer
sorriso
é alegoria.
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