Regina Maria Rodrigues Behar nasceu e vive em João Pessoa-Pb. Graduada em História pela UFPB, Mestre em História pela UnB e doutora em Ciências da Comunicação pela ECA-USP, com tese sobre o cinema pernambucano, na mesma instituição realizou pós-doutorado em quadrinhos, com estudo sobre Maria, de Henrique Magalhães. Tem publicações cinetíficas na área de história, cinema e quadrinhos. Participa do Clube do Conto da Paraíba, com histórias publicadas em suas coletâneas, blog e revistas. Seus poemas foram selecionadops para a antologia Engenho Arredado, organizado pelo poeta e crítico Amador Ribeiro Neto. Regina é professora aposentada da UFPB.
Há uma menina negra
que só sabe ser fonte de luz.
Há dias
que é só iluminuras.
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MESMO ASSIM
Eu gosto dele mesmo assim,
com suas mãos grandes desajeitadas,
com seu jeito de quem pede desculpas,
com sua coragem de ousar pedir
o que não se pede.
Eu gosto dele mesmo assim,
com seu ronco noturno,
seu tronco largo,
seu cheiro de homem lavado,
e o leve arranhar da barba.
Eu gosto dele mesmo assim,
e mesmo assim digo adeus.
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PEREIRO
Para meu amigo Eellington Pereira (in memoriam)
Assim somos nós,
como o Pereiro,
nativo das caatingas...
e vamos seguindo
Qualquer canção.
Nosso fundo musical é ventania,
é queda d'água imaginária.
Solilóquio
em tempo de estio.
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IMPRESSIONISMO
Hoje fez um dia bom!
Meio sol, meio chuva.
Dia claro, nuvens brancas,
acácia amarela
contra o céu azul.
Foi um dia impressionista.
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VIAGENS
Imagens sobrepostas
No branco da parede noturna
"São viagens", diz minha vó.
"Elas são cinzentas
como o rabo do cão."
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