Abraão Vitoriano nasceu e vive em Santa Helena-Pb. Professor da Rede Municipal em Cajazerias, da Faculdade São Francisco da Paraíba e Supervisor na Rede Municipal de São João do Rio do Peixe-Pb. formado m Pedagogia e Letras, Mestre em Educação e Letras. Autor de Pétalas Raras, Estado de Graça e Cidadezinha qualquer. Teve seus poemas incluídos na antologia Engenho Arretado que reúne poetas que lançaram seus primeiros livros no século XXI, organizada por Amador Ribeiro Neto.
Culpa
tudo eu
tu doeu
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Fome
Escrevo para encontrar a flor dos dias. Escrevo porque minha mente sente fome de palavras. Escrevo porque meus dedos se fecham feito caracol no lápis. Escrevo pela minha sobrevivência. E porque arde e fulgura dentro. Há sempre uma folha em branco pra recomeçar.
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Evocação
Lanço-me neste mar de respostas que é a vida. Sôfrega. Solar. Desmedida. E não há tempo para explicações. Há o sopro das linhas. No ranger do tempo, prossigo nas dimensões que florescem caminhos. Nada sei dos epílogos, curvas, cascatas. O farol é o sonho. O sonho chama. Eu, que sou moço de fé, acredito e sigo com uma lágrima no bolso, uma pergunta na cabeça e um amor entre os lábios. Viver é borboletear esperanças para que um dia elas toquem o céu das vontades.
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APOTEOSE
prefiro a fome
dos apaixonados
ainda que finde em dor
melhor que esse verso
já molhado
de amor
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OFICINA A DOIS
minha língua
no teu céu
mel
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